Nesse contexto,  o movimento feminista contemporâneo ressurge como movimento de massa expressando-se através de livros, revistas e jornais. Surgem os chamados “Estudos da Mulher”, que têm como objetivo tornar visível a segregação social e política que as mulheres foram historicamente submetidas. Foram desenvolvidos estudos empíricos “in loco” através de entrevistas realizadas com as professoras do Ensino Fundamental da UEB Bandeira Tribuzzi, bem como observações da rotina das crianças em sala de aula com o objetivo de analisarmos como se dão às relações de gênero no dia-a-dia das crianças.

Transgênero

Estudo sobre as relações de gênero e as contribuições da prática docente para a desmistificação de diferenças e preconceitos em relação ao sexo (sexismo) em sala  de aula. Realiza-se um breve percurso na História, destacando-se as definições para os termos gênero, feminismo e sexualidade, ressaltando-se as diferenças entre gênero e sexo, identidade de gênero e estereótipo, bem como sobre as regras de comportamento decorrentes desses valores. Analisa-se as relações de gênero e sexualidade na escola UEB Bandeira Tribuzzi no município de São Luís– MA. Para tanto foram realizadas entrevistas com as professoras do Ensino Fundamental, bem como observações da rotina das crianças em sala de aula com o objetivo de compreendermos como se dão às relações de gênero no dia-a-dia das crianças.

O termo homoafetivo também é usado para definir as relações de casais que formados por duas pessoas do mesmo gênero. Devemos buscar o entendimento da nossa própria sexualidade, assim como devemos sempre respeitar a sexualidade e a individualidade do outro. É com esse respeito que conseguimos contribuir, mesmo indiretamente, com o bem-estar das pessoas ao nosso redor. Já o gênero épico, além de possuir características narrativas, deve apresentar um herói. Tais textos são compostos por narrador, enredo ou trama, personagens, tempo e espaço. No final de maio de 2024, o Ministério da Saúde mudou a classificação de gênero em mais de 200 procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), visando ampliar o acesso de pessoas trans aos tratamentos fornecidos pela rede de saúde.

Quando questionadas sobre a existência de diferenciações nos momentos recreativos ou durante o cotidiano escolar, as respostas foram divididas. Sendo raras às vezes em que meninas e meninos brincam juntos de bola ou pega-pega. Já as professoras GRALHA, ÁGUIA, PINGUIN e GOLFINHO manifestaram que não há essa distinção, e que elas procuram sempre incentivar o respeito mútuo e, por isso não há resistência alguma entre meninos e meninas. A conformidade com as regras de linguagem tradicionais impede que observemos a ambigüidade da expressão homem, que serve para designar tanto o indivíduo do sexo masculino quanto toda a espécie humana.

Os transgêneros são pessoas que não se identificam com o gênero que lhes foi atribuído ao nascimento. São pessoas que sentem desconforto com o gênero associado ao seu sexo biológico, não se identificam com as características (físicas e/ou sociais). De modo geral, com mais conhecimento e liberdade para falar abertamente sobre como nos sentimos e sobre nossas preferências – o que trouxe o assunto à tona –, foi possível perceber que existem diversos gêneros e orientações sexuais. A família é a primeira responsável pela inculcação dessas características, pela bipolarização dos sexos.

3. Comportamento de discentes e docentes no ambiente escolar

Quantos gêneros existem?

O correto seria não fazer perguntas sobre a intimidade de outras pessoas, mas, em caso de dúvidas sobre a orientação sexual de alguém, perguntar em vez de assumir é a solução mais sensata. É esperado que após passar por uma transição de gênero, tratamento baseado em ingestão de hormônios e procedimentos cirúrgicos para conquistar a aparência desejada, a pessoa sinta atração pelo sexo oposto. Portanto, é importante olhar para os tipos de identidade de gênero com a consciência de que são baseados nos sentimentos e nas experiências de vida de pessoas reais e não apenas definições científicas.

Isso acontece porque ainda utilizamos uma lógica bastante binária, que considera a existência de apenas duas identidades de gênero possíveis, categorizando as pessoas apenas como “homem” ou “mulher”. Assim, muitas vezes, direitos básicos garantidos às pessoas cisgêneras não são respeitados no caso das pessoas trans. Ainda assim, uma confusão comum se deve ao fato de algumas pessoas descobrirem, já com muitos anos de vida, que sentem atração por gêneros que anteriormente não a atraíam. Nestes casos, ela não “trocou” sua orientação sexual – e nem “optou” por se relacionar sexualmente ou afetivamente com outro gênero -,mas, sim, se conheceu melhor e se entedeu de outra maneira.

Conceito de família está cada vez mais organizado e autêntico

Apesar de causarem confusão entre as pessoas, não existe uma relação entre esses dois conceitos. O conflito surge quando a pessoa age e pensa de forma diferente das normas atribuídas ao seu gênero. Cada cultura, seja de outra nação ou de uma região diferente, possui seus próprios conceitos do que é certo e errado para cada gênero. Consequentemente, o seu comportamento, linguagem corporal, modo de falar e até modo de pensar também são influenciados pela identidade com a qual se identifica. Além de envolver a maneira como a pessoa se enxerga no mundo, engloba também o modo de expressão, como as roupas e a aparência.

O Brasil possui um dos maiores índices de violência contra transexuais, especialmente em locais onde informações básicas sobre identidade de gênero não conseguem chegar. Logo, é esperado que uma pessoa biologicamente mulher siga as regras sociais associados ao seu sexo. A identidade de gênero diz respeito à como uma pessoa se sente em relação ao próprio gênero. Embora, como mencionado anteriormente, o masculino e o feminino sejam os mais reconhecidos, um indivíduo pode se identificar em outra “categoria” Xvideos de gênero. Durante o período de observação na sala da professora TUBARÃO assim como na sala da professora LEÃO, GRALHA e GOLFINHO as diferenças vistas foram mais acerca das cores dos materiais escolares em que nitidamente as meninas gostam de cores como o rosa e o lilás, enquanto meninos gostam do verde e azul.

Isso pode ser observado na escola, ao não se falar a respeito dos homossexuais evitando que os alunos “normais” os (as) conheçam, se tornem iguais a eles ou possam desejá-los. Para Louro (1997) a linguagem não apenas expressa relações, poderes, lugares, ela os institui; ela não apenas veicula, mas produz e pretende fixar diferenças. Um exemplo disso seria o fato de uma aluna saber que, sempre que a professora disser que “os alunos que acabarem a tarefa podem ir para o recreio” ela deve sentir-se incluída. Dessa forma, entendemos que as diferenças não devem ficar “presas” em padrões preestabelecidos, mas podem e devem ser vividas a partir da singularidade de cada um, apontando para a equidade dos sexos. Torna-se fundamental, então, compreender a sexualidade levando em consideração não somente fatores naturais, já que estes somente têm sentido se relevarmos os processos inconscientes e as formas culturais como argumenta Louro (2007) sobre a obra “História da sexualidade” escrita por Foucault (1998).

Aqueles que se identificam como autossexuais experimentam uma atração sexual por si mesmos. Da mesma forma que aqueles que são autorromânticos, as pessoas que são autossexuais também podem sentir atração sexual por outras pessoas. Existem muitas orientações sexuais, e as pessoas que se identificam com uma ou mais podem descobrir que sua sexualidade muda com o tempo. Ele inclui papéis e expectativas que a sociedade tem sobre comportamentos, pensamentos e características que acompanham o sexo atribuído a uma pessoa.

Para isso, trouxemos aqui alguns exemplos de leis brasileiras que atribuíam funções diferentes a homens e mulheres, definindo, muitas vezes, a relação de poder entre os dois. A Defensoria Pública não tolera atos de discriminação transfóbica e entende que o acesso de todas as pessoas aos banheiros conforme seu gênero ou identidade de gênero representa a garantia de proteção à sua dignidade humana. As bissexuais são aquelas pessoas que se relacionam e se atraem sexualmente e/ou afetivamente com pessoas do mesmo gênero que o seu e também de gêneros diferentes. As pessoas não precisam necessariamente se identificar como um tipo de orientação sexual e ela pode mudar com o tempo.